Borracha: A principal matéria-prima dos tênis VEJA - VERT
Produção da borracha amazônica nas seringueiras

Borracha

«A princípio, pensei que estava lutando para salvar as seringueiras...

— Chico Mendes, é um dos principais ativistas na luta pela proteção da floresta amazônica. Assassinado por proprietários de terras por causa de suas crenças.

Fotografia de Chico Mendes e sua esposa Ilzamar Mendes
Fotografia casa ocupada por uma família de seringueiros

Uma das principais matérias-primas da VEJA é a borracha amazônica.

Mais de 2600 toneladas de borracha amazônica foram compradas de 2004 até o final de 2022.

Nossa borracha é comprada por 5 vezes o preço de mercado.

As áreas no entorno das famílias produtoras de borracha estão protegidas desde então.

Este material é usado na sola de cada tênis. Compramos a borracha diretamente de cooperativas formadas por famílias de seringueiros.

As solas VEJA são feitas de 20 a 40% de borracha amazônica.

O preço final pago por quilo de CVP (borracha semi processada) é 3.5 vezes maior que o preço de mercado.

Hoje, o preço de mercado por kg de CVP (borracha semiprocessada) é de R$ 3,50.

VEJA pagou um total de R$ 16,10 aos seringueiros em 2022.

Este preço inclui um bônus de qualidade e Serviços Socioambientais (PSES).

Como parte da certificação Fair for Life, associações e cooperativas recebem um bônus adicional de R$ 0,60 por kg de CVP (borracha semiprocessada) para investir em projetos de desenvolvimento.

Esse preço inclui bônus de qualidade e Serviços Socioambientais (PSES).

Essa borracha foi certificada em 2019 graças ao apoio da VEJA para melhorar as condições de vida dos seringueiros e proteger a floresta amazônica.

Pedaços de Borracha amazônica (CVP)

Nosso objetivo é aumentar o valor econômico da floresta para protegê-la.

Nossa borracha foi certificada Fair for Life em 2019 graças ao apoio da VEJA para continuar melhorando as condições de vida dos seringueiros e garantir a proteção da floresta amazônica.

Fair for Life é um programa de certificação apoiado pela Ecocert. Há 30 anos, a Ecocert apoia organizações por meio de treinamento, consultoria e certificação.

O padrão "Fair for Life" garante, entre outras coisas, relações comerciais diretas e de longo prazo, preços justos, boas condições de trabalho e a proibição do trabalho forçado.

Em 2020, foram certificadas 22 associações e cooperativas com as quais VEJA trabalha na floresta amazônica.

Ao apoiar as famílias produtoras, garantimos a qualidade dos materiais que utilizamos nos nossos tênis e proporcionamos-lhes boas condições de trabalho e de vida.

Borracha amazônica comprada por VEJA

(kg por ano)

Gráfico de quilos de borracha amazônica comprada por VEJA entre 2007 e 2021

Bem-vindo à selva

A Amazônia é o único lugar na Terra onde as seringueiras crescem em estado selvagem. No estado brasileiro do Acre, os seringueiros, colhem a borracha usada nas solas VEJA.

Os seringueiros vivem na floresta e dependem dela para sobreviver. Durante a temporada da borracha, entre abril e novembro, eles percorrem a floresta.

Eles têm autorização para explorar a seringueira seguindo um caminho que só eles conhecem. `

Este circuito permite que as árvores se regenerem. Em média, cada seringueiro colhe 400kg de borracha por safra.

Seringueiro extraindo seringueira

Desde 2007, VEJA trabalha com a Amopreab, que coordena a produção de borracha e paga os seringueiros da Reserva Chico Mendes.

Hoje, mais de 1.200 famílias representadas por diversas associações fazem parte do projeto VEJA.

Mapa de Rio Branco

Em 2019, a VEJA começou a trabalhar com o Partnership For Forests (P4F), fundo britânico que apoia a conservação florestal.

Por meio do P4F, desenvolvemos um conjunto de princípios para ajudar na conservação florestal como parte de um Protocolo para Borracha Sustentável.

200 novas famílias de produtores aderiram ao projeto e construímos um sistema de monitoramento que analisa as taxas de desmatamento e oferece pagamento de bônus para as famílias que estão conservando a Floresta Amazônica.

Graças a este novo protocolo, VEJA garante que a borracha vem de fonte responsável e ajuda esses produtores a ter uma renda maior. (fonte: estudo da UFAC na RESEX Chico Mendes)

Sebastião dos Santos Pereira, o garoto da floresta é responsável pela cadeia produtiva da borracha da VEJA.

Fotografia de Sebastião dos Santos Pereira, responsável pela cadeia produtiva da borracha da VEJA

Sebastião cresceu em uma comunidade na Amazônia, vendo seu pai trabalhar como seringueiro. Aos 25 anos, Sebastião iniciou os estudos como Engenheiro Florestal e formou-se em 2015.

Desde 2017, faz parte da equipe do VEJA. Ele agora é responsável pela cadeia de fornecimento de borracha da VEJA na Amazônia.

Sebastião continua a contribuir para a sensibilização para a criação de gado na floresta, ao mesmo tempo que dá um melhor sustento a quem nela vive.

Hoje, VEJA trabalha com mais de 1.200 famílias de seringueiros que extraem borracha nativa graças ao trabalho diário de Sebastião no campo.

Junto com sua equipe, eles discutem e encontram formas com os representantes dos agricultores de como alcançar o valor certo tanto para produtores quanto para cooperativas, tudo de acordo com os princípios do comércio justo.

Raimundão é seringueiro, grande líder e primo de Chico Mendes

Raimundo Mendes de Barros, conhecido como Raimundão, nasceu em 1945 no Seringal Santa Fé, município de Xapuri, no estado do Acre.

Raimundão é seringueiro, grande líder e primo de Chico Mendes. Participou de todo o movimento pelo direito à terra na década de 80, junto com Chico Mendes e seus companheiros.

Naquela época houve uma grande avalanche de proprietários de terras que se apoderaram das terras dos seringueiros para promover a pecuária. Toda essa luta culminou com a morte de Chico Mendes e a criação das Reservas Extrativistas.

Aos 76 anos, Raimundão diz que o conhecimento que possui hoje é um espelho do pai. Durante sua infância, seu pai sempre lhe dizia que ele nunca deveria destruir as florestas e apenas plantar os campos de acordo com suas necessidades.

Desde pequeno já tinha consciência de que a floresta deveria ser mantida em pé.

Fotografia do Raimundão - seringueiro
Paisagem no Acre